sábado, 8 de novembro de 2008

Geografia da cidade de Ouro Preto


Apresentação da Cidade
Cidade que conta com o maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do Brasil, Ouro Preto é uma jóia encravada nas montanhas de Minas. No auge do ciclo do ouro, foi construída por artistas e escravos, inspirados nos modelos europeus, criando um estilo nacional diferenciado. Com a diminuição da atividade garimpeira, no final do século 18, a cidade mudou suas principais características: de grande centro econômico da mineração para sede administrativa do governo.

Se para a economia do município tais mudanças foram grandes, seu patrimônio histórico agradece a distância da modernização do século 20. Em 1938, o poeta Manuel Bandeira escreveu: "Não se pode dizer de Ouro Preto que seja uma cidade morta. (...) Ouro Preto é a cidade que não mudou, e nisso reside seu incomparável encanto". Nesse mesmo ano a cidade foi tombada como Patrimônio Nacional, num movimento nacional de proteção à memória cultural que começara com os integrantes do movimento modernista, ainda na década de 1920, e culminou com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937. Em 1933, Ouro Preto foi considerada "Monumento Nacional" e, em 1980, veio o reconhecimento internacional: a cidade foi declarada pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Da visita do poeta Manuel Bandeira até hoje muita coisa mudou. Algumas mudanças foram inevitáveis, devido ao desenvolvimento natural que a cidade obteve. Entretanto, tais mudanças não alteraram a principal característica da cidade: a impossibilidade de passar pelas ruas da cidade sem experimentar a emoção de uma viagem no tempo, de uma volta ao passado.

Principais informações

Área da unidade territorial
1.245 km²

Localização
A cidade está na Serra do Espinhaço, na Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero). Está na Região Central da Macroregião Metalúrgica e Campo das Vertentes de Minas Gerais.

Limites do município
Sul: Catas Altas da Noruega, Itaverava, Ouro Branco e Congonhas
Oeste: Belo Vale e Moeda
Leste: Mariana
Norte: Itabirito e Santa Bárbara

A cidade possui 11 distritos: Amarantina, Antonio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Miguel Burnier, Rodrigo Silva, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antonio do Leite, São Bartolomeu e a sede municipal.

Geografia
Temperatura: entre 6 e 28 graus centígrados. Em junho e julho pode chegar a 2 graus centígrados.
Altitude média: 1.116m. O ponto mais alto é o Pico do Itacolomi, com 1.722m
Rios: nascentes do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualaxo do Norte, Gualaxo do Sul, Mainart e Ribeirão Funil

Relevo
Topografia do Terreno
Plano: 5%
Ondulado: 40%
Montanhoso: 55%

Clima
Clima tropical de altitude. Pluviosidade média de 2.018 mm/ano, com distribuição irregular. Chuvas concentradas no verão.

População (Dados do Censo 2000 - IBGE)
Pessoas residentes: 66.277
Homens residentes: 32.566
Mulheres residentes: 33.711
Pessoas residentes área urbana: 56.292
Pessoas residentes areal rural: 9.985

Saúde
Hospitais: 1
Leitos hospitalares: 110
Unidades ambulatoriais (1999): 44
Postos de saúde (1999): 3
Centros de saúde (1999) 5
Ambulatórios de unidade hospitalar geral (1999): 1

Economia
Empresas com CNPJ atuantes (1998): 1.743 empresas
Pessoal ocupado (1998): 11.553 pessoas ocupadas
Agências bancárias: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Banco Real, HSBC
Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM - 2000: R$ 4.507.301,41

Minerais
Ouro, hematita, dolomita, turmalina, pirita, granada, moscovita, topázio e topázio imperial. O topázio imperial é uma pedra só encontrada em Ouro Preto, especialmente no distrito de Rodrigo Silva.

Educação
Taxa de alfabetização (residentes com 10 anos ou mais) - 92,90

Origem e significado do nome
O nome Ouro Preto foi adotado em 20 de maio de 1823, quando a antiga Vila Rica foi elevada a cidade. "Ouro Preto" vem do ouro escuro, recoberto com uma camada de óxido de ferro, encontrado na cidade. O primeiro nome da cidade foi Vila Rica. Depois, foi Vila Rica de Albuquerque, por causa do Capitão General Antônio de Albuquerque Coelho Carvalho, então governador das capitanias de Minas e São Paulo. Foi D. João V quem mandou retirar o "Albuquerque" do nome, e adotou o "Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar", para homenagear a padroeira da cidade.

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